
TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) — também conhecido como autismo — é uma condição do neurodesenvolvimento presente desde a infância, caracterizado por dificuldades na interação e comunicação social, comportamentos e interesses restritos e repetitivos, como foco em detalhes e reações incomuns a estímulos sensoriais.
O termo “espectro” é utilizado em razão da diversidade de tipos e níveis, cada indivíduo autista tem seu próprio conjunto de particularidades, tornando-se único dentro do espectro.
O diagnóstico pode ser feito em qualquer idade, porém na vida adulta torna-se mais desafiador, pois muitos indivíduos aprendem a mascarar seus sintomas para se adequar às expectativas sociais. Compreender o TEA quando o diagnóstico é tardio, permite que as pessoas adultas busquem uma melhor qualidade de vida através da compreensão e entendimento de sí mesmo, e implementem estratégias de suporte e tratamentos específicos, adaptados às suas necessidades individuais.
A seguir, você encontrará informações muito importantes sobre os sinais de alerta do TEA em adultos, como é realizado o diagnóstico e quais são os desafios impostos pela condição nessa fase da vida. Este conteúdo foi construído em colaboração com o Dr. Paulo Lobão, neurologista infantil e neurofisiologista clínico, coordenador do Departamento de Neurologia na Sociedade de Pediatria do Distrito Federal e membro do Departamento de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
QUAIS OS SINAIS DO TEA EM ADULTOS?
Quando pensamos em autismo, na maior parte das vezes, associamos a condição a crianças, porém é preciso compreender que as crianças com TEA crescem, e muitas cresceram sem o diagnóstico, mesmo tendo muitas características, nos casos identificados como “leves” a identificação é particularmente mais difícil e quando estes adultos são diagnosticados, geralmente estão no nível 1 de suporte.
Adultos com esse perfil podem ser altamente funcionais e com boa capacidade de se adaptar a diferentes situações, o que acaba dificultando a identificação precoce do transtorno. Apesar disso, eles ainda podem apresentar certos sintomas que afetam sua capacidade linguística, realização de tarefas e interação social.